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  • Foto do escritorBeatriz Amorim

Putin e Zelensky dizem não ser possível um acordo de paz

Atualizado: 17 de jan.

No dia 3 de janeiro de 2024, foi feita a primeira transação de prisioneiros de guerra desde há cinco meses. Moscovo ataca em força várias cidades ucranianas, depois de ambos os líderes terem afirmado não haver espaço para negociações de paz.


Imagem: Observador

A 3 de janeiro de 2024, a Ucrânia e a Rússia anunciaram uma troca de quase 500 prisioneiros de guerra. Segundo as autoridades ucranianas, este tipo de transação já não acontecia desde agosto de 2023 e, de acordo com a mesma fonte, esta foi a troca mais numerosa até ao momento. Desde o dia 24 de fevereiro de 2022, já foram libertados 2.800 cidadãos

Os últimos acontecimentos do ano tiveram lugar em dezembro de 2023, quando os dois líderes fizeram o normal balanço do ano, em conferência de imprensa, e admitiram não haver qualquer possibilidade de se chegar a um acordo para as negociações de paz, em 2024.

Desde o dia 29 de dezembro, que o conflito tem escalado. Só nos últimos 5 dias do ano, de acordo com o presidente Zelensky, Moscovo lançou cerca de 500 mísseis e drones contra alvos espalhados por toda a Ucrânia, fazendo destes os maiores ataques desde o início da ofensiva.

Já lá vão quase 2 anos desde o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A 24 de fevereiro de 2022, começava um conflito armado que era visto, pelo resto do mundo, como algo que facilmente se resolveria. No entanto, o primeiro bombardeamento russo na capital ucraniana, Kiev, originou um problema que parece não ter fim à vista.

Desde o final de 2021 que a Rússia vinha a reforçar a presença militar em torno do território ucraniano e a aumentar os treinos dos mesmos, em regiões que mais tarde se mostrariam aliadas ao país. Em dezembro desse ano, através do presidente Vladimir Putin, a Rússia apresentou uma lista de exigências à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) onde dizia que a junção da Ucrânia à aliança seria uma ameaça direta ao país e que, por isso, não deveria ser feita. Proposta que não foi aceite pela organização.

No primeiro dia de ataque, Putin fez um comunicado público no qual esclareceu ter atacado a Ucrânia, porque, alegadamente, no país em questão, estaria a ser cometido um “genocídio” contra os cidadãos russos. Segundo o presidente russo, durante as primeiras semanas de guerra, houve várias tentativas de reconciliação onde, inclusive, foram apresentadas algumas propostas. Putin queria que houvesse uma desnazificação, desmilitarização e neutralidade militar para a Ucrânia, impedindo que a mesma se junta-se à NATO. O líder russo pretendia também que a independência de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia fosse reconhecida, assim como a anexação da Crimeia como território russo. Para Putin, qualquer tipo de ataque em qualquer uma das regiões anexadas à Rússia seria considerado um ataque direto ao país, podendo contribuir para um aumento da escala do conflito. Para além disso, a Rússia nunca descartou a opção de usar armas nucleares para combater a Ucrânia.

Já no lado ucraniano, o presidente Volodymyr Zelensky, propôs criar uma nova aliança internacional para assegurar a paz em territórios invadidos, de forma a ter um maior apoio militar. À medida que o conflito foi evoluindo, o governo ucraniano acusou a Rússia de ter, deliberadamente, atacado alvos civis e cometido crimes contra os direitos humanos, como foi o caso da descoberta dos numerosos corpos na cidade de Bucha. O país tem tido o apoio dos Estados Unidos que lhes fornece armamento.

Desde o início da guerra que os restantes países da Europa e do Ocidente têm sancionado a Rússia. Consequência disso mesmo, foram os aumentos dos preços dos cereais, como o trigo, dos metais e das energias, como os combustíveis, por exemplo, trazendo consigo uma crise económica à escala mundial (inflação). Algumas das sanções passaram por congelar ativos de bancos russos, impedindo que as pessoas ligadas ao governo de Putin pudessem viajar e apreendendo alguns dos seus bens. No final do mês de novembro de 2022, o Parlamento Europeu reconheceu a Rússia como um “Estado patrocinador do terrorismo”, colocando-o em isolamento diplomático, até aos dias de hoje.








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