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  • Foto do escritorFilipa Ferreira

Casos de violência no desporto aumentaram em 47%

Atualizado: 17 de jan.

Os casos de violência no desporto têm aumentado. Segundo o Relatório de Análise da Violência em Contexto Desportivo (RAViD), 92% dos incidentes no desporto aconteceram no futebol e, dentro desses, quase metade estão relacionados com o uso de pirotecnia nos recintos (foguetes, tochas, petardos).


Imagem: TSF

De acordo com os dados do Ponto Nacional de Informações sobre Desporto, na época 22/23 decorreram 6.099 episódios de violência, um número que supera quase em 2 mil casos a temporada anterior de 21/22, que tinha registado 4.135 casos.

No futebol, cujo número subiu 48% face a 2021/22, as ocorrências foram maioritárias nos jogos da Primeira Liga (2.525), mas também ocorreram em competições europeias (819), escalões distritais (725) e camadas jovens (539).

Em Portugal, este ano, houve ainda mais pessoas detidas e impedidas de entrarem nos recintos desportivos. A polícia identificou cerca de 1.500 pessoas, quase mais 600 do que na época anterior, e 482 adeptos ficaram impedidos de entrar nos recintos desportivos, número que representa mais do dobro da época anterior. Destes adeptos, grande parte pertence a clubes como o Benfica, Porto e Sporting.

Na época passada, entraram em vigor 473 medidas de interdição de acesso aos recintos desportivos, que ditaram uma subida de 41,2% face às 335 somadas em 2021/22, sendo que 374 (79,1%) resultaram de decisão da APCVD e 99 (20,9%) foram impostas por autoridades judiciárias.

A quarta versão do RAViD exibe ainda a atividade da APCVD, que proferiu 697 decisões condenatórias com caráter definitivo.

A utilização de pirotecnia foi, então, o principal motivo para estas sanções (326), seguindo-se as agressões (67), o incitamento à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância (37), o lançamento de objetos (28), a invasão da área de espetáculo (13) e as injúrias (2).



Numa mensagem publicada no RAViD, Rodrigo Cavaleiro, presidente da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD), frisou que “as discussões com os peritos internacionais revelam um panorama com preocupações crescentes em toda a Europa, com sintomas de ressurgimento do hooliganismo, a par da influência da subcultura casual, sobretudo após o período de confinamento. Estamos em crer que esta tendência europeia, já visível em vários outros países após o regresso dos adeptos aos estádios após o período pandémico, poderá influenciar o contexto nacional”.

Da globalidade das 6.099 ocorrências, 5.648 aconteceram no futebol, 303 no futsal e 148 nas restantes modalidades.

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